domingo, 24 de janeiro de 2010

disse meu coração...

"Olhos fechados,
pra te encontrar.
Não estou ao seu lado...
mas posso sonhar"



Acordei. Suspirei. Olhei a minha volta. Óbvio, guarda-roupa, o computador, a televisão, as paredes, a porta... Fui até a cozinha, minha mãe, meu pai, meus irmãos... Todos e tudo estava no seu devido lugar como todos os dias, e era tudo o que eu precisava para ser tão e completamente feliz! Mas... senti falta. Falta de quem? Se minha família e meus amigos estavam e estão sempre do meu lado. Senti um vazio. Vazio porque? Se eu tinha tudo do que eu precisava: água, comida, roupa limpinha, muito amor e carinho... é... definitivamente eu não estava me compreendendo e subitamente me senti estranha. Algo estava faltando, o que seria? Nem precisei pensar muito, meu coração já estava me dizendo, a muito tempo, sendo que eu não havia percebido. Era meu coração com sede de amor! Senti naquele momento que meu coração estava querendo viver, sentir realmente o amor, ele queria se aventurar na imensa aventura de descobrir e aprender o que é o AMOR! Mas enquanto meu coração esperava a chegada de meu "príncipe encantado", coloquei-me a sonhar, tentando aliviar a ansiedade de sua chegada...



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

melodias

Sentada no chão, que devido a chuva se encontrava gelado, encostada na parede e com meu violão a tocar, tentava decifrar as notas da minha vida.
Conforme as notas iam saindo e tocando meus ouvidos, mil coisas vinham a minha cabeça deixando tudo mais complicado.
Quando pensava em perder alguém, uma nota ardida, de tom agudo, tocava meus ouvidos, logo, sem nem pensar, tentava desviar meus pensamentos de uma coisa que não queria para mim.
Já, quando vinha em meus pensamentos as lembranças mais alegres que já tive com alguém, a melodia logo mudava, onde ate meus ouvidos não resistiam e nem me mente, e sempre, ao perceber, minha mente já estava se divertindo com as lembranças e em minha face, logo brotava um sorriso, que deixava ate aquele dia chuvoso, mais alegre.
Mas, quando meus dedos escorregaram novamente pelas cordas do violão, a melodia não foi a mais feliz... melodia lenta, calma, com um ar de tristeza; era a saudades que batia em meus pensamentos. Saudades de alguém, talvez... saudades de certos momentos... saudades, acho, de tudo o que me fizeram bem...
Em um certo momento, a música parou... era apenas um trovão que quis entrar na melodia, mas que acabou me assustando, com o seu jeito rude e forte de ser.
Me recompus e voltei a tocar. Com uma batida mais forte, as dificuldades não se conteram e vieram a florescer em minha mente, problemas, podia ate ser, mas não era bem isso... eram as palavras, atos, coisas que um dia falei sem pensar, talvez.
Conforme ia tocando mais e mais, fui descobrindo que a vida pode ter várias melodias. Umas mais fortes, robustas, agudas, mas também pode ter as mais alegres, suaves, calmas, que faz o nosso ouvido se deliciar ouvindo elas, mas que independente de seu tom ou nota, elas sempre nos trazem uma aprendizagem, como eu aprendi naquele dia frio, de um inverno qualquer...
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